O dia em que o Zuck me achou muito picante

Roberto Pina Rizzo

8/13/20252 min read

Facebook, o Corolla-tiozão das redes sociais, puxou a orelha da página “Cassino Erótico”, em função de violação de suas regras.

A causa, pelo que entendi, foi a imagem abaixo, do post do blog “O que a reação ao Cassino Erótico revela sobre cada pessoa”. O link para este post foi divulgado na página do Facebook e o algoritmo moralista a mandou para o tribunal digital dos bons costumes (já na última instância, no melhor estilo), havendo condenação e deixando em mim a sensação de ser um menino insolente:

Examinando os "termos e condições" da rede de Zuckerberg, temos o seguinte:

Segundo os Padrões da Comunidade da Meta, em sua seção sobre “Adult Nudity and Sexual Activity”, não é permitido:

Fotos ou vídeos realistas (fotográficos ou digitais) com núcleo adulto, como:

  • Genitália visível (mesmo se coberta por pelos pubianos ou sobreposições digitais);

  • Anus visível ou close-ups de nádegas;

  • Mamilos femininos visíveis — exceto em contexto de amamentação ou protesto;

  • Imagens focadas em partes sexualizadas do corpo sem consentimento ou contexto adequado

Atividade sexual explícita ou implícita, como:

  • Inserção de genitália ou brinquedos sexuais em contato com outra pessoa;

  • Estímulo explícito (como masturbação), incluindo ereções visíveis, sexo oral ou posições insinuantes;

  • Fetiches envolvendo violência, desmembramento, excreções, bestialidade, incesto, BDSM com conotação sexual, etc.

Também é proibido conteúdo fotorrealista ou digital de qualquer natureza sexual que envolva pessoas reais em atividades sexuais ou sexualizadas — e não apenas imagens criadas artificialmente.

O último parágrafo esclarece a censura: “conteúdo fotorrealista ou digital de qualquer natureza sexual que envolva pessoas reais em atividades sexuais ou sexualizadas”.

A plataforma, como qualquer outra, tem o direito de definir suas regras e cria conta nela quem bem entender. Eu não me atentei ao fato de que imagens sensuais, mesmo não explícitas, geram remoção de postagens e advertências. Deve haver vários outros termos vigentes que eu não li quando entrei no Facebook há vários anos e, quer saber, não tenho vontade ir atrás (admito que estou errado, pois não se deve assinar contrato sem ler).

Bem, para impedir que a comunidade do Facebook corra o risco de ser agredida ou escandalizada com alguma outra imagem nociva, inadequada, chocante etc. fiz a boa ação de excluir de uma vez a página da rede. Assim, não preciso ter o trabalho de refletir meticulosamente sobre cada coisa que eu colocaria lá.

Por enquanto, os chamados “padrões de comunidade” se restringem às redes sociais, não à internet inteira.

Aguardemos as cenas dos próximos capítulos.

P.S.: Fica para reflexão o seguinte item das regras da Meta:

  • Mamilos femininos visíveis — exceto em contexto de amamentação ou protesto;

Os entendedores já entenderam.